domingo, 31 de março de 2013

Conhece-te a ti mesmo antes de tentar desvendar o mundo.



Majestosa caixa de desejos.

Majestosa caixa de desejos, que abriste;

Uma luxúria que transcende a tua carne e atinge o cerne da tua alma;

Minha mente se confunde entre o erotismo e terror palpável que a duvida me leva;

Sem nunca jamais conseguir transcrever o que meus olhos choram;

Gravados na tua mente de uma maneira que foge a compreensão;

Somos deuses em mundo feito de carne e dor;

Rejeitados no nascimento, filhos de demônios;

Ah sim! Eu olhei meu reflexo no espelho e lá vi o inferno;

Anjos caídos que riam ao comer a carne de jovem tolos;

Encarei o inferno e ele me sorriu;

Cortamos a única ligação que tinha com "a realidade";

Perdi aquelas amarras;Soltasse as travas daquela caixa;

Se tornaste uma pandora;

Um demônio que busca a confusão e dele extrai a beleza;

Flores do mal que antes murchavam;

Agora espalham suas sementes.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Talvez seja mesmo uma questão de tempo...







Entre os cômodos desta casa;

Abriga-se muitas historias;

Muitas lagrimas aqui derramadas;

Poucas palavras realmente ditas;

E dentro os momentos que aqui perderam-se;

O teu adeus não chegou aos meus ouvidos;

E hoje encarando estes cômodos...

Relembrando as lagrimas;

Eu escuto as aquelas palavras...

Nos nós perdemos em algum momento o significado de tudo.

Nos deixamos passar o momento;

Não são adeus triste que damos agora;

No reencontraremos em outro momentos;

E quem sabe poderemos esquecer as lagrimas e lembrar o resto.



terça-feira, 26 de março de 2013

Começa entre 3 e 4 horas post-mortem...




Quadro de sangue e gritos.


Sinto meu corpo enrijecer diante de tamanha excitação;

É muito mais que do apenas uma sensação erótica;

Somente o imaginar, faz-me as pernas bambolear;

Um sorriso é um sorriso, pode-se tão belo quanto pode ser vazio;

Mas o quanto se pode mentir perante o Rigor Mortis ?

Não precisei esconder seu corpo;

Não via a necessidade de enterrar nosso amor;

Cada pequeno gesto, que ficou marcado em seu corpo;

Suportasse de maneira tão extraordinária.

Deixasse se envolver, um pequeno anjo caído diante de mim;

Arranquei suas asas, sua pureza e com isso pintei um quadro;

Eu sorrio tanto que chega a machucar meu rosto;

Eu precisei afundar com qualquer luz que havia em mim;

Não podia competir contigo;

Eu pintei esse quadro, com teu corpo a ser coberto com o tempo;

Tempo aqui marcado por doces sonhos ou serão lembranças?

Alguém me abusou e eu retribuo o gesto;

Pena ser nosso pequeno segredo e eu sei que não contarás.

Faz parte do quadro que pintei;

segunda-feira, 25 de março de 2013

Rosas com espinhos...






Rosas vermelho-sangue.

Hoje o sol nasceu com um tom vermelho sangue;

Hoje eu me levantei e ao olhar no espelho, a imagem que ali refletia;

Esboçava um sorriso cheio de escárnio e crueldade;

O mundo está cheio de coisas belas;

Um jardim selvagem, gigante e cheio de intenções e possibilidades;

Minhas rosas são apenas botões neste jardim;

É preciso preencha-las de cor e de amor para que floresçam;

Um amor febril e doentio;

Um que rasgue a alma e fuja com as esperanças de liberdade e individualismo;

Aquele amor que castra e torna temerário;

Verdadeiramente cruel;

Machuca e sangra;

Deixa marcas muito mais profundas do que a pele no corpo;

Assim elas florescerão com um vermelho voraz e vivo;

Há tanta beleza no mundo e eu quero mostrar a minha.





quarta-feira, 20 de março de 2013

Suave caminhar...



Troca-Peles



Grandes olhos amarelos brilham agora na escuridão;


São esses olhos que me guardam e me vigiam;


São esses mesmo olhos que me levam a lugares além da imaginação;


Olhos profundos, tão vivos quanto a grande Lua cheia;


Tão pesado quanto sua influência;


Uma pele tão negra quanto à noite, usa-a como uma armadura;

E passos tão leves, que outros seres noturnos não o notam passar;


Pequenos guardiões da noite;


Vivem entre dois mundos;


Deixa-me acompanhar-te; mostra o caminho;


Uma ultima vez, deixa-me andar em tua pele.





terça-feira, 12 de março de 2013

Mente livre... novas palavras!






Apenas sombras...

A noite escura parece respirar aliviada com a chega da Lua;

Uma Lua cheia de luz e consequências;

Agora gentis sombras projetam-se de objetos que até então eram sem vida;

Como se de alguma forma a luz da Luz tornou-se uma ponte de encantos e vida;

Eu passo a procurar formas conhecidas;

Meu espirito, minha contra-parte;

Uma razão;

Aproveita-se dessa luz;

E jocosa inicia um esconde-esconde;

Sombras dançam aos meus olhos;

E acompanham o passar da madrugada;

Enquanto a Lua os faz vivo;

Eles continuam a dançar;

Enquanto a Lua permanecer no céu, eles dançaram para mim.

Gentis sombras projetam-se de objetos que até então eram sem vida.


sexta-feira, 8 de março de 2013

Escuta-me!




  
Presta, pois a devida atenção, nestas palavras;
E a espalhai aos quatro cantos do mundo!


Avisos lúgubres e sinistros; Chegadas não esperadas;

Tua musica o acorda, tua musica o alimenta;

O choro dos violinos, o derramar de suor;

Tentam e tentam alcançar a divindade, através de notas;

Tentam e somente eu, ele e tu;

Nós que somos a tua santa trindade;

Tua alma, teu desejo e o demônio!

Escutamos e cantamos;

Vos o acordai, dentro de seu tumulo;

Começa a rastejar, pois agora;

Escutou-o teu derramar de lagrimas;

A música ecoa em minha mente;

Trocaste tua alma imortal pelo violino que executa agora;

O que achas que tua mente fraca e simplesmente humana compreende;

Toca! Toca! A minha musica, pois fui eu que o enchi;

Esse cálice de genialidade do qual tu bebeste; é meu!

Meu sangue! Contrato selado!

Acordai-me e agora tu danças, e assim que a musica cessar, também a tua vida se vai!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Morra ... morra por mim!





Fugi de ti ó-maldito Mundo!



Tu que és minha a Luz da Lua viva.

Tu que brilha em meus momentos negros;

Que posso tocar e saciar meus desejos mais perversos;

Que me faz atingir o clímax apenas com um olhar;

Tu que me faz desejar outro corpo além do meu;

Tu que faz ficar diminuto, que me faz calar;

Tu que és a qual eu berro ao mundo: Amo-te!

Tu que me acorda em sonhos! Que me faz desejar tanto real como não lúcido

Tu que fez desejar por ti, torna-me um novo Fausto;

É minha pedra e meu circulo mágico;

Meu livro negro;  minha desculpa á imortalidade;

Chama que brilha em meu coração;

Eu não sei mais como fugir de ti;

Entre palavras e gestos;

Aperta-me o meu negro coração;

Amarra e torce;

Faz meu mundo em pedaço;

Eu sou seu eterno e sempre escravo.