quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Então lhe apresento....







Prazeroso êxtase.

Bem chamar-me de louco não sei se essa seria a maneira correta de descrever meu estado atual;
Poderíamos dizer que seu sangue em meus lençóis, deixou-me em êxtase;
Maior que o seu grito de prazer, foi sua lamuria diante da morte;
Mais encantador que suas palavras de prazer, foram seu horror ao sentir meus dedos tocarem seu verdadeiro coração;
Não seria justo que deixasse de gritar, não tão rápido;
Tu és agora uma pequena solitária boneca de pano; dançaremos o resto da noite;
Dançaremos juntos até que nos parem e nos prendam;
És para sempre minha, és para sempre um momento glorificado;
Sou um monstro e encontrei em ti, aquilo que faltava para me libertar;
O seu sangue em meus lençóis;
O olhar felino de prazer estampado em seu rosto;
Agora para sempre eternizado...
...Em meus lençóis. 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Finda-se a nossa historia, para inciar-se em outro ciclo.



Dormência.

O céu azul, é um anuncio do que há por vir;
O vento de tão suave quando passa em meu rosto, parece fazer-me carinho;
Parece saber que é um breve adeus;
Durante tempos ficaremos apenas nas recordações ; e indagaremos-nos sobres possibilidades vazias;
O inverno finda-se e com ele tu!
Eu fico aqui em dormências sob esta lapide;
No aguardo daqueles (sim os seus beijos, o leve toque de vida que há em tua boca) que me retornem a vida.

terça-feira, 11 de setembro de 2012






Vultos Noturno.

Com as luzes apagadas;
Neste quarto intimo e sombrio;
Escuto sua respiração, a quanto tempo me tornei esta sombra?
Agora que dormes, posso finalmente te observar;
Sem os paradigmas que consciente, te mantém afastada de mim;
Sem as acusações, o porquê o do que eu faço;
Não temos aqui durante esta noite de darmos explicação alguma!
Serei apenas mais um vulto;
Graças às sombras e noite soturna, que entrou no teu quarto;
Passo despercebido, minhas intenções passam despercebidas;
Alimentar-me-ei mais uma vez antes de retornar a ti;
Não o faço por egoísmo, deveria ser você!
Mas não o faço, quero sentir seu perfume e escutar seus sonhos mais uma noite!

Quando fores dormir, lembra-se de deixar tua janela aberta;
À noite lhe trará algo mais do que apenas a luz da Lua.



(Obs.: Fresh Poem) 

domingo, 9 de setembro de 2012





Palavras

Eu gostaria de dizer palavras que me vêm à mente o tempo todo, mas não tenho voz. 
Imagino situações e antecipo respostas para as questões que poderão vir, eu poderia fazer mais, mas não tenho um pensamento intuitivo forte.
Poderia pisar na promiscuidade e julgar atos levianos, mas não possuo leis, e as que existem, não as controlo. Poderia pensar positivamente a cada passo dado, reconsiderar os erros e rever meus conceitos, mas não sou racional. Adoraria cuspir na cara de uns fulanos-dos-anzóis-carapuça quando estes resolvem humilhar-me, mas sou submisso e fraco. Levaria minha vida tranqüilamente sem provar dos venenos que o mundo me oferece, mas eles estão aqui e não há razão lógica para recusá-los, apenas entorpecer-me para depois sentir vergonha por estar diante deles e fazer parte de seu mundo. Escolheria viver sem a dor causada por um sentimento ambíguo do qual o homem não precisa, mas que só encontra a verdadeira razão de viver quando está diante dele, porém, fui infectado com esse vírus sentimental e não o controlo mais. Se me fosse dado o poder da criação, um mundo nasceria onde somente a verdade existiria e a existência não seria um mero instrumento de destruição. Mas meus braços sangram diante da realidade na qual me envolto... Se minha boca falasse, diria palavras belas onde cada letra formaria uma canção universal que por todos seria cantada, mas minha voz se cala, eu não a possuo mais. Se ainda me fosse possível enxergar, as atrocidades seriam banidas, pois os olhos, quando abertos, buscam a coragem e nada temem, libertando-nos da condição de pobres cordeiros indefesos. Mas sou cego e renego uma regeneração. Se meus pés me obedecessem, jamais pisaria por sobre este solo rico em lágrimas e injustiças, mas sou filho dos que antes fizeram rolar o pranto e julgaram impiedosamente os inocentes, tendo como principal acusação, o direito do livre viver. Se eu respirasse, o ar que me seria dado far-me-ia mal, já que sou sujo e mal-agradecido. Se possível fosse, eu me tornaria humano, porém não passo de um desejo reprimido como um soluço em meio a um choro descontrolado. Apenas sou uma breve reflexão que não leva a lugar algum.
Se fosse possível, acredite-me, mudaria tudo isso, ou talvez não; porque estou aqui, mas não sei quem sou e isso são apenas palavras, nada mais...

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Solidão


Espero que a partir desta primeira postagem, surjam muitas outras.
Aqui apresento-me! Sou Angelique Deblancherd...
A tentativa caótica de ser um poeta leva-me a este blog, minhas fontes de inspiração e meus ídolos são decadentes. Apaixona-me o terror e o horror.



Maníacos.

Conversas afiadas, corações pesados;
Sorrisos sarcásticos e mais palavras afiadas;
Tomamos o vinho pelo fundo do copo;
Sem importamos com o que ferimos;
Apenas o prazer que isso nos trará;
Monstros que andam a luz do sol;
Seduzindo e fazendo ser amado.
Apenas jogos de luzes e mais palavra afiadas;
Não nos interessa com qual objeto tu Dara fim a tua patética vida;
Desde que seja conosco em tua mente.


Angelique Deblancherd.

Nihil Verum Nisi Mors



Uma leve e embranquecida fumaça é deixada no ar com as baforadas do cigarro. Flutuando entre elas os pensamentos vão, desenhando no ar a tua imagem, fantasiando o ócio e levando-me consigo até apagar-se. Vejo o quarto vazio, livros jogados no chão, cinzas, restos de você, marcas deixadas da noite passada que ainda vivem após o amanhecer. De quando em vez lembro minhas promessas, dar-te-ei amor, o que me é de resto já foi dado. A eternidade se mostra deveras limitada em meio aos meus desejos e juras de ‘para sempre’; apenas olhe, veja o que me resta; Tudo o que eu faço é por você... resta ainda o cigarro e a solidão que me assola.
Há de vir o amanhecer, o renascer de novas esperanças, novos desejos, anseios bobos que se chocam com a realidade crua e sem cheiro de estar diante de ti e não entregar-se aos teus domínios. Apenas diga-me: é mesmo sonho? todas as cousas que penso, tudo direcionado a ti; e essa solidão? De onde vem, para onde irá, para onde irei? Quando lembro do passado um imenso pano branco ergue-se diante de mim, não há mais lembranças do que era eu antes de conhecer-te. E é assim mesmo, os caminhos que traço hoje se perdem no vermelho dos teus lábios, e minhas palavras encontram a imensidão do céu da tua boca, se outrora as trevas dominavam-me, hoje elas sucumbem à luz dos teus olhos.

Solidão?

Ismael Darkness