quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Caminhar com minhas pernas...



(jerry-uelsmann)


Se errei antes, se ao tropeços procurei outros caminhos;

Se ao mirrar a luz era apenas a escuridão que eu enxergava;

Se ao me acostumar ao frio e a solidão;

E ao abnegar felicidades que me pareciam tão convenientes;

Ao desistir do fácil e errado;

Ao estar cego e machucado;

Aprendi a enxergar na escuridão e na solidão;

Foi para quando me encontrasse perdida na escuridão;

Soubesse o que é preciso;

Soubesse qual o remédio a lhe dar;

Como se o mundo me encaminhasse a este momento;






Doce Lua que choras sangue!





Um sorriso nervoso e a alma excitada;

Doce Lua que esbraveja ciumes;

Dois corpos unidos ;

Doce Lua que agora é a testemunha;

De um tempo que excede o tempo;

Glorioso e sinistro; descobrir;

O que tem de sorrir;

E o que tem de falar;

Amantes em carne e dor;

Vivem no silêncio de seus corpos;
   
Dos olhares e da segurança do encontrar;   

Um sorriso nervoso e a promessa de uma Lua Cheia. 

Doce Lua que choras sangue! 
                                          

Navalha que percorre a pele.





Salmo de sangue;

Escrito na pele, palavras doentias;

Ódio e Lamentações;

Navalha que percorre a pele.

Escorre o sangue e a dor ajuda a lavar as palavras;

e se o fim não for o fim?

Um começo doentio de um lamento antigo;

Se a alma é negra o sangue é tenro e rubro;

Se sorrimos ao corta o músculo e perde a força;

é a tentativa de um fim miserável e verdadeiro.


Descontentes com a casa, simplesmente fugiram




Palavras que não são daqui;

Não surgiram em minha mente;

Descontentes com a casa, simplesmente fugiram;

E a acharam a saída, na ponta de meus dedos;

E os olhos surpreendidos. não acreditam no que veem;

Que bestialidade que as faz com este funcione;

Da minha mente não surgiu.

Não do lado esquerdo, pelo menos!

Não solida razão que surgiu do vento.

É o adocicado cheiro da podridão de um corpo sem mente!








A solidão!





Eu caminho em um trajeto tão sinuoso;

a penumbra é tão densa como uma parede;

E o mundo escondido dentro de si;

Toda raiva e ódio dentro de ti;

Me sorriem e me atormentam;

Queres flertar com tamanhos demônios?

Te arrastarão para o meu fim;

E flerta doce criança comigo...

A solidão!


Pois amaldiçoado tanto tu quanto eu... agora somos.






Ao inflamar o desejo do homem;

O demônio que nele se esconde sorri;

Um sorriso amarelo e cheio de luxúria;

Escancarando as portas do submundo;

E brincando de monstros;

Faz com que de homem e demônios pouco reste;

E a tu invocadora,senão, mais do que aquilo que procurava se vê perdida entre o turbilhão de caos;

E ao desejar demônio/homem, vê tanto a perversão quanto a dor;

E agora presa entre o gemer e o sussurrar, não resta mais tempo para afastar-se ou pedir socorro;

E tentar agarrar-se em qualquer resquício de sanidade é uma vã esperança;

Pois amaldiçoado tanto tu quanto eu... agora somos.