terça-feira, 23 de outubro de 2012

E como os círculos infernais...




Ah! Vil criatura que tu és;
Não ei eu de colocar-te entre os seres rastejantes;
Entre aqueles que alimentam-se de corpos pútridos;
Pois nem eles irão olhar-te nos olhos, é essa o tamanho da vergonha da tua existência;
Volta de onde tu venho e leva consigo tuas palavras doces e cheias de encanto;

E assim repudiaram-me ;
Deixei de ser normal, aceitável, uma existência em que na logica a eles era blasfêmia;
Me tornei uma sombra, o assustador nas lendas;

Retornei ou meu tumulo;
Com minhas promessas de paz e de não mais mortes;
Agora sim apenas palavras ;

E o meu coração começa a encher-se, uma chama queima; uma batida rítmica;
Escuta o suave e bem audível a grave nota de ódio e de vingança crescer em meio a ele;
Como uma mancha negra que espalha-se sobre o branco do tecido;

Mas por hora eu fecho os olhos e durmo;
Por hora eu aguardo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ei de esperar para sempre se for necessário.




Tiveste a juventude roubada, tão tenra carne e desejos;
Tua presença é expressa hoje, apenas pelo vazio;
Tiveste os anos roubados;
O teu chamado foi transformado em lamurias;
Tivemos a aurora de nossas vidas, transformadas em cinzas;
A violência do abandono, só não é pior que o abuso sofrido.
Hoje tua a tua falta... As perguntas, as duvidas, são uma ferida que custa a sarar-se.
E contigo a minha alegria sumiu...
E fico abandonado a esperar-te no escuro.

sábado, 13 de outubro de 2012

Enterra-me...e me deixa lá até que a tua alma torna-se tão negra quanto a minha.




Quais maldições seus lindo lábios me trazem?
Quais pecados seus olhos viram ser cometidos?
De que adianta as sombras sem a ameaça que luz traz?
De que adianta os sorrisos se estes serão vazios.
Se a morte significa algo para mim, ou mesmo para ti...
Que não seja o fim, mas sim nosso inicio;
Nos tornaremos lendas....

Que linda mensagem tu traz consigo para enterrar em meu tumulo.
Quais maldições seus lindos lábios me trazem?
Quero ouvi-los antes de fechar-me aqui.