domingo, 16 de março de 2014

Meus demônios vivem em mim...




Era uma noite quente e monótona como qualquer outra;
As viradas de copos determinavam o ritmo da noite;
Papos sem nenhum fundo ideológico ou sentido, nos apaziguavam a mente;
Não, por falta dos mesmo, mas sim por que a noite prometia ser leve;
Sem luta de egos e batalhas utópicas,
Neblinas formaram-se entres os vaga-lumes naturais;
E assim como nossas mentes e corpos, nossa percepção do que havia ao nosso redor tornou-se mais leves e transcendente.
Enquanto brincávamos entre os anéis de fumaça e o gélido do copo em nossas mãos;
E o papo despretensioso rolava;
Com as portas da casa fechadas e as janelas abertas, convidamos a quem nos espreitava a entrar e sentar na nossa roda;
Oferecemos uma taça de hospitalidade servida junta sanguine saints  (sangue santo)
Ao badalar das 03:00 horas eles sentiram-se bem a vontade;
Trazendo junto deles todo o inferno de perversões e brincadeiras;
Fomos jogados nesse antro de demônios, dos quais eram mais familiares do que podemos admitir;
Meios irmãos sim, pois a vida tedioso que vivíamos, apesar da tediosa em si um presságio da procura e do que ela nos traria;
Em meios aquelas lamurias, arrependimentos e falsas redenções...
Em meio todo o teatro infernal que presenciamos, como plateia e atores;
Enquanto nos puxavam pelos cabelos e pela moral (falsa ...  falsa)
Era só de canto de olho que enxergava meu copo chegar ao fim. E com ele, aqueles demônios sumiam.
Demônios que refletiam no meu copo, tão cedo chegaram tão cedo foram embora;
E a moral de nossos santos continuam iguais.
E aquela noite tornou-se um dia quente e monótono.

Hora de sair e comprar mais combustível e colocar nosso marcado de ritmo a funcionar...Quem sabe assim como nossa consciência se esvai, nossos demônios retornem?

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