terça-feira, 23 de outubro de 2012

E como os círculos infernais...




Ah! Vil criatura que tu és;
Não ei eu de colocar-te entre os seres rastejantes;
Entre aqueles que alimentam-se de corpos pútridos;
Pois nem eles irão olhar-te nos olhos, é essa o tamanho da vergonha da tua existência;
Volta de onde tu venho e leva consigo tuas palavras doces e cheias de encanto;

E assim repudiaram-me ;
Deixei de ser normal, aceitável, uma existência em que na logica a eles era blasfêmia;
Me tornei uma sombra, o assustador nas lendas;

Retornei ou meu tumulo;
Com minhas promessas de paz e de não mais mortes;
Agora sim apenas palavras ;

E o meu coração começa a encher-se, uma chama queima; uma batida rítmica;
Escuta o suave e bem audível a grave nota de ódio e de vingança crescer em meio a ele;
Como uma mancha negra que espalha-se sobre o branco do tecido;

Mas por hora eu fecho os olhos e durmo;
Por hora eu aguardo.

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